Obá é uma das mais misteriosas e menos conhecidas Orixás do Candomblé, Santeria e Vodu. Pouco se conhece sobre Obá, exceto os pequenos trechos de lendas em que ela corta sua orelha para fazer seu marido Xangô mais atraído por ela. Read more
Orixás
Candomblé do Brasil: Sua história e fé
O Candomblé muitas vezes pode ser visto como uma religiao estranha e desconhecida, mas para aqueles que conhecem religiões similares – uma delas a Santeria, que vinda de Cuba tem raízes no Yorubá – o Candomblé será vagamente familiar.
O Candomblé é uma tradição Afro-Brasileira que com o passar do tempo absorveu muitos dos princípios cristãos. A palavra Candomblé significa “Dança dos Deuses” e é uma religião praticada pelo “povo do santo”. Ainda que seja uma religião mais característica do Brasil, possui mais de dois milhões de seguidores, principalmente em países como Uruguai, Venezuela e Argentina.
Candomblé – uma história
O Candomblé foi fundado no século 19 em Salvador, Bahia, onde o primeiro templo foi criado. Entretanto, a religião é essencialmente uma “crioulização” das crenças Yorubá, Fon e Bantu, vindas do oeste da África. Em meados de 1500 até 1888, o Candomblé foi influenciado por pastores africanos que, apesar de serem também escravos, continuaram a ensinar sua mitologia e cultura, misturando-se com partes do catolicismo e tradições indígenas.
Mais tarde, os praticantes do Candomblé foram violentamente perseguidos pela igreja católica, até meados de 1970, quando o banimento do Candomblé foi cancelado e permitida em cerimônias públicas.
Fé
O Candomblé tem raízes nas crenças Yorubá, Fon e Bantu. Seguidores desta religião acreditam em um ser supremo chamado Olodumare, que é servido por deuses menores chamados “Orixás”. O Candomblé é uma tradição oral, então não há escrituras a serem seguidas – hábitos de música e dança são muito importantes para seus praticantes pois permitem que sejam possuídos por seus Orixás.
Outro aspect interessante do Candomblé é que não só não é uma religião dualista – significando que seus praticantes não acreditam em conceitos de ‘bom’ ou ‘mal’ – mas acreditam que cada pessoa possui um destino especifico que devem cumprir ao máximo, seja ele qual for.
Sendo assim, eles acreditam que cada praticante tem um tutor, ou guia, que controla seu destino e é seu protetor. Nos rituais do Candomblé, os Orixás são presenteados com oferendas dos reinos vegetal, animal ou mineral.
Existem outras entidades que pertencem ao Candomblé: os Vodus das nações Fon e Ewe(Jeje), bem como os Nkisis que vêm da tribo Bantu.
Graças à sua mistura com várias formas de tradição africana e aspectos do Catolicismo, o Candomblé tem uma história rica e uma forma de espiritualidade que vale explorar completamente.
Colares de miçangas e suas cores no Candomblé
Assim como os orixás são parte vital do Candomblé da Bahia, Brasil, também são os colares de miçangas de seus praticantes.
Em várias religiões, certos itens têm um significado espiritual particular. Não é diferente com o Candomblé. Os colares de miçangas comumente usados são considerados uma manifestação externa de seus orixás. Sempre que estas contas são consagradas – tanto por sacrifício de sangue ou por um sagrado banho de ervas – o colar passa a transmitir o axé, ou a força espiritual que tudo permeia.
Mas não são só as contas que passam a significar algo quando consagradas. Quando os devotos descobrem seus orixás protetores, eles vestem colares que representam o orixá ou orixás que os guiam – as contas têm a mesma cor que suas respectivas entidades.
Além disso, quando as contas são consagradas, e com a oferenda apropriada, elas não só passam a representar os espíritos divinos, elas se tornam os espíritos assim como os praticantes do Candomblé se tornam possuídos de seus orixás enquanto dançam.
Este tipo de empoderamento consagrado permite aos colares servirem como talismãs protetores para os que os vestem – mas eles também podem prejudicar seu proprietário. Isto enfatiza o nível de responsabilidade requerida somente por ter estas contas. Em resumo, abençoados e consagrados colares de miçanga requerem um nível de devoção e solenidade que joias comuns não precisam.
As cores das contas
Como mencionado anteriormente cada orixá é dito para escolher seu devoto. Assim, ele transmite poder para a pessoa escolhida, encontrando um modo de comunicar que este é o espírito pertencente a aquele indivíduo em particular – que aquele indivíduo tem o direito, o poder de vestir o colar de contas, e está em condições para adorá-lo e fazer suas oferendas.
Cada grupo de cores, como verdes, azuis, vermelhos, pretos e assim por diante, pertence a um aspecto da natureza e da força natural das coisas – enfatizando o foco do Candomblé de buscar a harmonia e a mistura com a natureza, e com os orixás representando os poderes do vento, sol, terra, fogo e água.
Sendo assim, para o espectador casual as múltiplas linhas de miçangas coloridas feitas de argila, vidro e até plástico são apenas isso: múltiplas linhas de miçangas. Entretanto, para o praticante do Candomblé que são eternamente devotos ao seu orixá, as linhas de cores consagradas são muito mais que isso. Elas são a conexão com sua espiritualidade, com a terra e os próprios orixás.
Orixás: Deuses da natureza
Um dos aspectos mais importantes do Candomblé (uma das religiões do Brasil) é o grupo dos orixás, que são venerados e reverenciados com rituais de oferenda.
Os orixás servem ao ser supremo Oludumaré, e são considerados poderosos deuses da natureza. Segundo a crença, eles foram originalmente os ancestrais dos povos Yorubá. Fon e Bantu. Outras religiões com base no povo Yorubá também contemplam os orixás, então se você já leu sobre algum assunto relacionado a estes temas, o Candomblé pode lhe soar familiar. Read more
O poder da natureza através dos Orixás
Existem muitas crenças com base nas relações de natureza e ancestralidade ao redor do mundo, e o Candomblé é uma delas. Esta é uma religião afro-brasileira, com raízes no Yorubá – que também foi origem de várias outras religiões. Duas delas podem soar muito familiares a aqueles que estudaram sobre caminhos espirituais alternativos: o Vodu (da palavra “Vodun”), e a Santeria. Read more